quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Fóssil de neandertal indica miscigenação entre humanos primitivos

O sequenciamento mais completo do genoma de hominídeo de 50.000 anos permitiu a comparação

 
 
Exposição em museu croata mostra reprodução de uma família de neandertais
Exposição em museu croata mostra reprodução de uma família de neandertais (Nikola Solic/Reuters)
O minúsculo osso de um dedo do pé de uma mulher neandertal que viveu há cerca de 50.000 anos revela que houve miscigenação entre algumas linhagens humanas primitivas. A partir deste fóssil, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, obtiveram o mais completo genoma de um neandertal já sequenciado. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira, na revista Nature.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original:
The complete genome sequence of a Neanderthal from the Altai Mountains

Onde foi divulgada: periódico Nature

Quem fez:
Kay Prüfer, Fernando Racimo, Nick Patterson, Flora Jay, Sriram Sankararaman, Ed S. Lein, David Reich, Janet Kelso, Svante Pääbo e outros

Instituição: Universidade da Califórnia, EUA

Resultado: Os pesquisadores compararam o genoma dos neandertais com outros grupos humanos e descobriram que existia miscigenação entre eles

Os autores compararam o genoma encontrado com o de dois outros grupos, os humanos modernos e os denisovanos – um subgrupo misterioso, que teve vestígios descobertos na Sibéria. Embora tenham desaparecido, neandertais e denisovanos deixaram sua herança genética porque ocasionalmente se miscigenaram com humanos modernos. Os pesquisadores descobriram que entre 1,5 e 2,1% do genoma do homem moderno não africano está ligado aos neandertais.
Já vestígios denisovanos foram encontrados em 0,2% de genomas da etnia Han, majoritária na China, e de americanos nativos. Segundo as comparações, os denisovanos se miscigenaram com humanos primitivos, que os pesquisadores suspeitam se tratar do Homo erectus.
Leia mais:
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Diferenças – Os cientistas identificaram 87 genes presentes nos humanos modernos que são muito diferentes daqueles encontrados nos neandertais ou denisovanos. Eles podem ser os responsáveis pelas diferenças comportamentais que diferenciaram o homem das demais espécies extintas.
"Não há um gene que possamos apontar e dizer: 'este responde pela linguagem ou alguma outra característica única dos humanos modernos'. Mas, a partir desta lista, aprenderemos algo sobre as mudanças que aconteceram na linhagem humana, embora elas provavelmente sejam sutis", afirma Montgomery Slatkin, professor de biologia integrativa da Universidade da Califórnia.
Homens das cavernas – Os ossos foram encontrados em uma caverna nas montanhas Altai, no sul da Sibéria. Em 2008, pesquisadores localizaram no mesmo lugar o osso de um dedo mindinho de uma mulher denisovana em solo de 40.000 anos. A caverna também contém artefatos feitos pelos humanos modernos, o que significa que pelo menos três grupos de humanos primitivos ocuparam o local em diferentes épocas.
(Com Agência France-Presse)

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Evidências da evolução biológica e da ancestralidade comum dos seres vivos


Substâncias inorgânicas e substâncias orgânicas





Uma das evidências da evolução biológica e da ancestralidade comum dos seres vivos é que todas as formas de vida possuem composição química semelhante. Na composição química das células dos seres vivos, estudamos dois grandes grupos de substâncias: as substâncias inorgânicas e as substâncias orgânicas. São classificadas como substâncias inorgânicas a água e os sais minerais. Já as substâncias orgânicas são: carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos. Elas são formadas por cadeias carbônicas com diferentes funções orgânicas.